Esposa grávida, casa em reforma e emprego novo: quem era o pedreiro morto com tiro no rosto disparado por policial militar

Deyvison Batista da Silva, homem morto com tiro no rosto em operação da Polícia Militar em Escada — Foto: Reprodução/WhatsApp

Morto com um tiro no rosto disparado por um policial militar durante uma operação em Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, Deyvison Batista da Silva, de 29 anos, era casado e deixa a esposa grávida de sete meses. Parentes do trabalhador, que vivia de “bicos” como pedreiro e cortador de cana, contaram ao g1 que ele estava com a casa em reforma e ia começar um emprego novo como técnico em eletrotécnica, área na qual tinha formação, numa fábrica de tubulações localizada no município.

 

“Às três horas da madrugada, a gente saía de casa todo dia para cortar cana. Qualquer ‘ôia’ [bico] que aparecesse, a gente fazia: como pedreiro, ajudante de pedreiro… Ele tinha feito entrevista, aberto conta e ia fazer o exame [admissional] hoje (quinta-feira, 22). (…) Ele estava animado porque ia deixar de cortar cana, acordar de madrugada, para trabalhar numa empresa, com carteira assinada”, contou um parente da vítima, que pediu para não ser identificado

Ao g1, a Polícia Militar informou que os agentes envolvidos relataram que Deyvison tinha feito um gesto como se estivesse armado e que o PM disparou em reação. A corporação disse ainda que foi apreendido com a vítima um revólver calibre 38. A família nega essa versão.

 

“É totalmente mentira. Se você vir o vídeo (gravado depois da morte de Deyvison), você vê os dois rapazes com a mão na cabeça ainda, procurando o chão. Os dois que estavam com ele, no momento em que ele estava caído. Na posição em que estavam, permaneceram”, afirmou a testemunha.

 

Segundo outro parente, que também pediu para não ser identificado, a esposa de Deyvison está grávida, esperando uma menina, a primeira filha do casal. “Ele não vivia parado, sempre vivia fazendo alguma coisa”, contou.

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