Tragédia deixou 14 mortos e sete feridos. Evelyn Tainá Neves, de 15 anos, teve uma das pernas esmagadas no desastre e perdeu a mãe e dois irmãos.
Depois de mais de dois meses internada, recebeu alta hospitalar na segunda-feira (18) a adolescente Evelyn Tainá Neves, de 15 anos, última pessoa que foi resgatada viva entre os escombros de um prédio que desabou no Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, no Grande Recife. O desabamento, que aconteceu no dia 7 de julho, deixou 14 mortos e sete feridos.
A informação foi confirmada nesta terça-feira (19), pelo Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. Evelyn teve ferimentos graves em uma das pernas e, durante a internação, passou por vários procedimentos cirúrgicos para tratar a lesão por esmagamento.
Evelyn passou quase 12 horas soterrada sob os escombros do prédio. Ela foi encontrada abraçada junto com o namorado, Mateus Silva de Albuquerque, de 21 anos. Ele morreu.
Ela foi a última sobrevivente a receber alta, dois meses depois de Hemilly Misael, de 15 anos, que também estava internada no HR mas recebeu alta há dois meses.
Inicialmente, Evelyn foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, mas foi transferida para o HR, devido à gravidade dos ferimentos. No desastre, ela perdeu a mãe, Marcela Neves dos Santos, de 42 anos; e os irmãos, Wallace, de 10 anos, e Maria Flor, de 6 anos.
Os corpos dos parentes de Evelyn foram os últimos encontrados durante as buscas. Eles estavam abraçados em uma cama sob os escombros.
Desabamento
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Parte de um prédio residencial desabou no Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, no Grande Recife (PE), por volta das 6h07 desta sexta-feira, 07 de julho de 2023. Segundo moradores, o prédio estava interditado por ordem judicial, mas foi reocupado em 2012. Equipes dos bombeiros trabalham na busca por desaparecidos; há pessoas soterradas no local. — Foto: CHARLES JOHNSON/MYPHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O desastre em Paulista, em 7 de julho, atingiu o Bloco D7 do Conjunto Beira-Mar, na Rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima. As buscas pelas pessoas soterradas duraram 35 horas. Ao todo, 14 pessoas morreram e sete ficaram feridas.
O prédio que desabou estava interditado desde 2010 por ordem judicial. No entanto, em 2012, voltou a ser ocupado por outras famílias de forma irregular.
O Conjunto Beira-Mar tem 1.711 apartamentos, divididos em 37 prédios, dos quais 29 são do tipo “caixão”, como era o bloco D7, que desabou parcialmente. Desses, 23 foram interditados.
FONTE: G1