Auxílio Brasil pode gerar mais pressão sobre Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, será muito chacoalhado nos próximos meses. Um grupo de parlamentares avisou que o pagamento de um benefício maior a título de Bolsa Família — ou Auxílio Brasil — tem tudo para ser aprovado, mas com aumento de carga tributária para custear essa despesa, nem pensar. Nesse contexto, o “Posto Ipiranga” terá que cortar gastos. E isso significará comprar briga com ministros ávidos por concluir obras e apresentar resultados que encham os olhos do eleitorado e ajudem não só na reeleição do presidente Jair Bolsonaro, mas no sucesso eleitoral deles próprios.
 
A folga no teto de gastos para que o governo consiga cumprir com seus compromissos e, ao mesmo tempo, possa atender parlamentares e ministros, é muito pequena — algo em torno de R$ 47 bilhões. E se houver a necessidade de pagar R$ 89 bilhões em precatórios, que o ministro classificou como o um “meteoro” se chocando contra à Terra — as emendas de relator, por exemplo —, essa folga será engolida. Técnicos do governo avisam: as emendas serão as primeiras a irem para o espaço, o que deve aumentar a irritação dos parlamentares com o ministro.
 
Promessas
Deputados e senadores dizem que Guedes tem feito muitas promessas de melhoria da situação econômica e que a retomada realmente está ocorrendo, mas os políticos ainda não viram esses resultados na geração de empregos e na comida à mesa de seus eleitores — especialmente na periferia, onde a oposição ganha terreno. Nesse cenário, aumentará a pressão para que a economia melhore, e Guedes tenha seu poder ainda mais reduzido.
 
Cresce a cada dia, por exemplo, a pressão do Centrão para recriar ministérios. A bola da vez é o do Esporte, na onda da Olimpíada de Tóquio. Há, também, quem esteja torcendo pela recriação do Ministério do Planejamento e o da Indústria e Comércio, hoje, tudo sob o guarda-chuva da Economia.
 
FONTE: DIARIO PE

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