Operação contra corrupção afasta prefeito de Itapissuma pela 2ª vez; outras 23 pessoas são afastadas de funções públicas

O prefeito de Itapissuma, Zé de Irmã Teca (PSD), foi afastado do cargo dentro da segunda fase da Operação Dragão do Mar, que apura crimes peculato, corrupção, fraude em licitação, entre outros, de segundo a Polícia Civil. O político, que foi reeleito em 2020, havia sido também afastado em 2019, na primeira fase da investigação, que apurou desvio de R$ 10 milhões.

Ao todo, para a operação desta terça-feira (29), foram emitidos 24 mandados de suspensão do exercício de cargos, empregos ou funções públicas por 180 dias – entre os alvos, está o prefeito. Também há 26 de busca e apreensão, emitidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), com alvos em Paulista e Igarassu, além de Itapissuma, no Grande Recife.

Não foram divulgados os nomes das outras pessoas que tiveram o afastamento decretado pela Justiça, nem onde trabalham. O G1 entrou em contato com a prefeitura de Itapissuma, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.

As investigações que resultaram nessa segunda fase foram iniciadas em janeiro de 2020, comandadas pela delegada Viviane Santa Cruz, titulas da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).

Os materiais apreendidos, como computadores, celulares e documentos, foram encaminhados ao Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.

Os detalhes da operação desta terça-feira devem ser divulgados em coletiva de imprensa no final da manhã, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil.

Primeira fase

Na primeira fase da operação, em dezembro de 2019, além do prefeito, foram afastados a vice-prefeita, quatro secretários municipais e três vereadores de Itapissuma. Em junho de 2020, Zé de Irmã Teca foi autorizado a retomar o mandato.

Na época, a Polícia Civil investigava o desvio de R$ 10 milhões do poder público municipal, pago para cabos eleitorais.

Segundo o inquérito, o município não tinha licitação para execução de limpeza urbana e pegava dinheiro da Assistência Social para pagar moradores para fazer o serviço. No entanto, ainda de acordo com a investigação, essas pessoas também tinha que participar de comícios e passeatas.

A prefeitura, em 2019, afirmou que o programa Frente de Serviço foi criada por decreto em 1983 pelo então prefeito do município e vinha sido mantido desde então, com mulheres que trabalhando quatro horas durante cinco dias, em uma semana, e folgando três meses. Elas recebiam R$ 220 em dinheiro e assinavam um recibo.

Naquela época, a gestão também alegou que o programa não era um forma de emprego, mas sim uma ajuda a mulheres pobres do município.

FONTE: G1

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