Movimento de 25% no primeiro dia de reabertura dos serviços de alimentação

 
Os serviços de alimentação, como restaurantes, bares, cafeterias e lanchonetes, voltaram a receber o público nesta segunda-feira, depois de 121 dias de portas fechadas, atendendo apenas por delivery e retirada. Para a a retomada, há protocolos específicos para o setor a serem seguidos dentro do plano de flexibilização das atividades econômicas e, além das medidas de higiene e distanciamento, a capacidade máxima permitida na reabertura é de 50%. Porém, no primeiro dia da retomada, os estabelecimentos ainda sentiram os efeitos da pandemia do coronavírus e o fluxo de clientes foi considerado baixo, chegando a apenas 25%, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE). Porém, a expetativa é que os consumidores ganhem confiança na segurança e, nos próximos dias, aumentem o fluxo de clientes nos estabelecimentos. 

Segundo André Araújo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE), o movimento foi muito fraco neste primeiro dia. “Mesmo com a oferta de apenas 50% da capacidade, ela só chegou em 25%. Os aplicativos continuaram vendendo e acredito que as pessoas ainda estão aguardando alguns dias para se sentir mais à vontade. Além disso, estamos entrando na semana do final do mês, já existe uma queda natural e estamos nos confrontando com essa situação de reabrir depois de 121 dias”, afirmou.  Porém, ele acredita que essa realidade vai mudar aos poucos, principalmente porque as pessoas vão começar a se sentir mais confiantes quando perceberem que os protocolos estão sendo seguidos. “O setor atendeu a 100% das medidas acordadas com o governo do estado e não houve aglomeração, existe esse cumprimento das normas e é esse sentimento que vai ser repassado para o consumidor”, acrescentou. 
 
Retomar a confiança é um desafio é grande para todos os estabelecimentos, em especial para os que funcionam em sistema de self service. Além das regras do distanciamento de 1,5 metro entre mesas e clientes, da higienização reforçada, do uso de máscaras, cardápio que possa ser higienizado a cada uso, disponibilização de álcool 70%, entre outras medidas, os restaurantes com comida no peso tiveram que investir em outros protocolos. “Além das medidas padrão, mesmo sem dinheiro, a gente colocou as proteções de vidro nas bancadas da comida, estamos disponibilizando luvas para os clientes se servirem, colocamos tapetes sanitizantes na entrada e compramos higienizadores para os banheiros. Durante o isolamento, tivemos que demitir, mas já recontratamos porque agora existem novas funções, como uma pessoa para higienizar as mãos dos clientes na entrada, para entrar o prato limpo e com segurança, uma pessoa para limpar as mesas e cadeiras a cada uso”, explica Camilo Lima, sócio do restaurante Dona Gula.
 
Com duas unidades na Zona Sul do Recife, a de Setúbal registrou um movimento melhor do que a de Boa Viagem pelas características de cada uma, mas muito abaixo do que acontecia antes da pandemia. “A gente tinha mantido o serviço de delivery e retirada a partir da unidade de Setúbal, então chegamos a 92 clientes presenciais e 182 no total com o delivery, longe dos 400 antes da pandemia. Mas na de Boa Viagem estamos recomeçando de novo, apareceram 10 pessoas e nela temos um público de pessoas que trabalham nas redondezas e muita gente ainda está em home office”, explica. Camilo Lima acredita que a movimentação vai ser retomada de forma gradual. “Estamos seguindo todos os protocolos, mas as pessoas precisam se sentir seguras e vamos mostrar isso para nossos clientes. Vamos divulgar não só a reabertura, mas as medidas que tomamos. É um momento delicado, mas vamos esperar essa retomada”, completou.
 
FONTE: DP

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