Parati que teria sido usada para interceptar o carro de Nathalia Magalhães foi encontrada abandonada após capotar na BR-101, em Goiana
Um veículo possivelmente usado pelos dois homens que participaram da morte da veterinária Nathalia Regina de Andrade, de 34 anos, assassinada nesta terça-feira (30) em uma estrada de terra no distrito de Monjope, em Igarassu, foi encontrado no km 32 da BR-101, em Goiana. A Parati prata, roubada no início da manhã, sofreu um capotamento e foi abandonada pelos ocupantes, que conseguiram fugir. Dentro do carro foram encontrados vários objetos roubados pertencentes a Nathalia.
A veterinária, que seguia para uma granja onde presta serviços de consultoria sanitária, dirigia um Renault Duster, foi morta com um tiro no pescoço depois que a dupla a interceptou. O tiro que atingiu Nathalia teria sido disparado porque ela se recusou a parar. Um colega dela, que estava no carro, conseguiu fugir e se esconder em uma área de mata ao lado da estrada.
De acordo com o proprietário da Parati, identificado apenas como Genival, o veículo foi levado em Itapissuma por dois homens que o abordaram em um moto por volta das 7h. “Estava levando minha esposa para o trabalho e quando estava perto da escola do Engenho Umbu eles chegaram, me mandaram descer do carro e correr. Um deles estava com uma arma”, contou.
Pouco depois da morte de Nathalia, um homem teria sido preso pela Polícia Militar por participar de um grupo criminoso que vinha praticando vários assaltos a motoristas em cidades da região e pode ter ligação com os autores do latrocínio de da veterinária. A Polícia Civil, porém, não confirma a prisão.
De acordo com testemunhas, os dois homens suspeitos pelo assassinato da veterinária deram carona a um terceiro comparsa depois do crime e seguiam em fuga pela BR-101 quando a Parati capotou. Os três conseguiram escapar a pé do local após o acidente.
Os objetos de Nathalia foram recolhidos de dentro do veículo e entregues aos policiais da Delegacia de Cruz de Rebouças. O dono da Parati foi até o local do capotamento e, com a ajuda de curiosos, conseguiu desvirar o veículo e levá-lo para casa, onde o carro foi periciado pelo Instituto de Criminalística (IC). À noite, o automóvel foi levado em um reboque até a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde será novamente periciado.