Operação desarticula quadrilha de tráfico e homicídios em Paulista

Dez pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (5), apontadas como integrantes de uma quadrilha responsável por tráfico de drogas e homicídios em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. As investigações começaram há sete meses, através de um trabalho conjunto da Força Nacional com a Polícia Federal (PF) e as polícias Civil e Militar de Pernambuco. O líder do bando, de 26 anos, seria responsável por, no mínimo, 20 assassinatos – parte deles confessados às autoridades.

Foram expedidos onze mandados de prisão. Seis foram cumpridos em diligências policiais, que resultaram na captura de cinco mulheres (três em Igarassu, uma em Olinda e outra em Paulista) e um homem (em Igarassu). Outros quatro mandados foram cumpridos dentro do sistema penitenciário, contra três homens no Presídio de Igarassu e um no Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima. Apenas um mandado ainda não foi cumprido, mas as autoridades continuam atrás do suspeito.

Segundo o delegado federal Carlos Marco Correia, o líder da quadrilha nasceu em Igarassu, mas saiu de lá por causa de conflitos e concorrência por espaço. “Ele se mudou para Paulista e, de lá, dirigia o tráfico e determinava a morte de desafetos. São atribuídas a ele 20 mortes. Algumas ele confessou e outras estão sendo investigadas”, comenta. Nascido em 1993, o “chefe” foi preso no último dia 28, pela Polícia Civil estadual.

Os integrantes da quadrilha têm entre 19 e 26 anos. “São jovens, mas todos com uma vivência muito grande no tráfico. Eles tinham a parte das mulheres, que cuidavam do depósito e da distribuição da droga, e um outro grupo que cuidava da execução dos homicídios. Eventualmente, eles também trabalhavam no tráfico. Eles matavam friamente os concorrentes, com a finalidade de dominar áreas e tomar bocas de fumo”, acrescenta.

Ninguém ofereceu resistência na hora das prisões, de acordo com o chefe de operações da Polícia Judiciária da Força Nacional, Edmar Gomes Cavalcanti. “O trabalho transcorreu com tranquilidade nesta manhã, com o máximo de atenção aos princípios constitucionais. Já participamos de várias outras operações, mas essa tem destaque por ser contra um grupo específico, que age em Paulista e cidades vizinhas”, destaca.

Após as prisões, as seis pessoas foram interrogadas na superintendência da Polícia Federal, no Recife Antigo. De lá, seguiram para presídios – Bom Pastor, no caso das mulheres, e Cotel, no caso do homem.

Fonte: DP

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