Secretário de Finanças de Itamaracá é preso em operação contra fraude em licitações

O secretário de Finanças de Itamaracá, Erival José Salgueiral da Silva Júnior, foi preso nesta terça-feira (12), durante uma operação da Polícia Civil. Denominada Pasárgada, a operação teve como objetivo desarticular um grupo ligado à prática de crimes como peculato, fraude em licitações e associação criminosa.

O esquema envolvia a dispensa de licitação para contratar serviços como palestras motivacionais, manutenção de computadores, revisão em folha de pagamento, entre outros, segundo os investigadores.

“O grupo atuava com a emissão de diversas notas de empenho em valores não muito altos, sempre com dispensa em licitação. Os serviços contratados não eram executados. Até o momento, temos identificados no inquérito um total de R$ 185 mil em valores desviados do erário público”, apontou a delegada Pollyane Farias.

O ex-secretário da pasta, Geraldo Júnior, estava preso e também foi alvo de um dos mandados da operação. Ao todo, foram emitidos 12 mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão domiciliar pela Vara Única da Comarca de Itamaracá. As identidades dos outros presos não foi divulgada.

“Nós temos dois alvos dessa operação que também foram alvo de operações do Draco [Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado] neste ano. Não se trata de desdobramento da mesma operação, mas há uma interseção entre as operações, ou seja, diferente prefeituras atingidas com esse tipo de crime”, afirmou.

A Polícia Civil não detalhou a participação dos presos no esquema. O G1 tentou localizar a defesa dos presos, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.

Em nota, a Prefeitura de Itamaracá informou que “atual gestão não compactua com quaisquer atos ilícitos ou pratica ações que representem dano ao erário público” e que se colocou à disposição para contribuir com a investigação.

O governo do município afirmou, ainda, que vai tomar “as medidas administrativas cabíveis em relação ao servidor” preso na ação.

As investigações tiveram início em fevereiro deste ano, tendo a participação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE). Participaram da operação 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Os presos e materiais apreendidos foram encaminhados para a sede do Draco, no bairro de Tejipió, no Recife.

Outras operações

Em 2016, a Polícia Civil deflagrou outra operação, sob a supervisão do MPPE, para desarticular uma organização criminosa suspeita de praticar fraudes em licitações e desvio de dinheiro público. Na época, o prefeito Paulo Batista Andrade (PTB) seria o mandante das fraudes envolvendo a contratação de empresas de coleta de lixo na cidade. Desde 2013, suspeita-se de subtração de verbas da ordem de mais de R$ 11 milhões.

FONTE: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.