Ponte do Janga é liberada, após revolta da população.

De acordo com a Prefeitura, a remoção da sinalização foi feita por vândalos, que jogaram as placas de bloqueio no rio

Após a retirada da sinalização que bloqueava uma via da Ponte do Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (feita, segundo a Prefeitura de Paulista, por vândalos, que jogaram as placas de bloqueio no rio), as obras foram realocadas pela prefeitura para outro sentido da rodovia.

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, os equipamentos usados no asfalto do trecho liberado foram realocados para o trecho norte-sul (sentido Paulista), que tem 4,9 quilômetros de extensão. Os reparos finais no trecho liberado serão feitos ainda neste mês, quando a via deve ser novamente interditada. Segundo o órgão gestor, agentes municipais e de trânsito estarão no local fazendo a fiscalização da área.

A prefeitura, que considera a retirada das placas uma ação criminosa, afirma que já registrou quatro boletins de ocorrência nos últimos dois meses. O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Paulista, Pedro César, afirma que, apesar de ter sido feita de forma precoce, a retirada da sinalização que foi jogada no rio, não danificou o asfalto. “A liberação da via deveria ser realizada nesta terça-feira ou na quarta-feira, quando colocaríamos a sinalização”, disse o secretário.

“A aplicação da capa do asfalto é programada, decidimos, junto à empresa responsável pela execução das obras, mudar a programação para que o trecho não seja interditado imediatamente”, completou. A prefeitura afirma ainda que, nos próximos dias, será priorizado o trecho norte-sul. Após a conclusão, as obras no sentido Olinda serão retomadas.

Para os que trafegam pela ponte, os transtornos têm sido constantes nos últimos anos. O ciclista Wilson José, 52, afirma que a “a pista é muito perigosa” e alerta para os acidentes que acontecem na ponte de forma recorrente. “Para os ciclistas não há segurança alguma, fizeram o projeto mas ele não contempla um grande número de pessoas que usa a bicicleta como meio de transporte”, diz Wilson. Sobre o longo tempo de espera para a conclusão das obras, Wilson afirma que “se o povo não tivesse caído em cima, a ponte não seria liberada nem tão cedo”.

O serralheiro Marcos Alves, 43, passa diariamente pela ponte para ir de Paulista à Olinda. Para ele, a intervenção dos moradores foi uma manifestação positiva apesar da falta de sinalização na via. “Além da demora, quem passa por aqui também sofre com a falta de segurança e com a iluminação precária”, afirma Marcos.

Obras
As obras, que já duram quase quatro anos, devem ser concluídas mais de dois anos após a previsão inicial, que indicava que a reforma deveria ser concluída em agosto de 2017. De acordo com a Prefeitura, a ponte receberá iluminação, os reparos no asfalto do trecho devem ser concluídos até o dia 30 de novembro, e a obra deve ser entregue por completo no próximo dia 10 de dezembro.

Segundo a prefeitura, os atrasos no andamento da obra aconteceram por causa de “trâmites burocráticos e escassez de recursos”.

Fonte: FolhaPE

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