Tênis de “tiozão” fascinam jovens e garantem fortuna do salvador da Fila

Ações da empresa subiram 400% desde o início do ano passado, elevando o valor do mercado da Fila para US$ 4,3 bilhões

São pesados ​​e de sola grossa, inspirados na década de 90 e conhecidos como “tênis de tiozão”. Mas os millennials adoram e a fascinação da geração ressuscitou os negócios da Fila.

Os millennials também ajudaram Yoon Yoon-soo a acumular uma fortuna improvável. O patrimônio de Gene, como é chamado em português, é estimado em cerca de US$ 830 milhões com sua participação na Fila Korea, que adquiriu a marca global Fila em 2007.

O movimento foi descrito pela mídia sul-coreana como “um camarão engolindo uma baleia”. Mas Yoon conseguiu virar o jogo para os negócios da Fila, e as ações da empresa dispararam.

Uma medida que foi adotada foi a sugestão de trazer produtos relacionados aos anos 90, tendo como alvo os resultados que parecem clássicos. O modelo de tênis “Disruptor 2”, por exemplo, lançado em 2017, estava entre os calçados femininos mais populares à época, segundo a plataforma global de pesquisa de moda Lyst. A Fila estima que mais 10 milhões de pares foram vendidos até janeiro.

Yoon, de 73 anos, não quis dar entrevista. Ele disse a um jornal local da Coreia do Sul em 2017 que, para ele, a Fila é uma marca de esporte. “É mais um bebê que tive aos 45 anos”, afirmou.

A Fila também ganhou impulso com celebridades usando seus produtos – a modelo norte-americano Kendall Jenner e a cantora Rihanna foram vistas com roupas com os icônicos logotipos vermelho, branco e azul da Fila.

“A Fila mudou sua linha, em geral voltada para os 30 e 40 anos, para os jovens e a preços mais baixos”, disse Na Eun-Chae, analista da corretora Korea Investment & Securities, de Seul. “Isso funciona bem, junto com o seu foco no segmento de calçados.”

As ações da Fila Korea subiram 400% desde o início do ano passado até sexta-feira, elevando o valor do mercado da empresa para US$ 4,3 bilhões.

Yoon, que se formou na faculdade aos 30 anos, começou na Fila em 1991 como chefe de negócios da empresa na Coréia do Sul, com um salário anual de US $ 1,5 milhão. Mas ele tinha ambição. Em janeiro de 2007, liderou a compra de US$ 400 milhões da marca global Fila e todas as suas subsidiárias. Em 2010, abriu o capital da empresa na Coreia do Sul.

FONTE: EXAME

 

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