Pessoas não sabiam que estavam listadas como empregadas e não trabalhavam
Trinta pessoas apontadas como funcionários fantasmas da Prefeitura de Igarassu prestaram depoimento à Polícia Civil e confirmaram as suspeitas: um esquema de “contratação” liderado pelo presidente da Empresa de Urbanização de Igarassu (URBI), Roberto Burle Arcoverde, previa um salário de R$ 2 mil para cada trabalhador, mas como eles não sabiam sequer desses empregos não trabalhavam.
A equipe da operação urbanizar, como é chamada pela polícia, calcula um prejuízo mínimo mensal aos cofres públicos de R$ 60 mil, já que outras pessoas podem estar envolvidas como funcionárias fantasmas. Nesta manhã, foram cumpridos três mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão domiciliar.
Segundo o delegado Ivanildo Pereira, também estão envolvidas a vice-presidente da URBI, Mirian de Almeida Tenorio, e a secretária Sheyla Glaucia da Paz Teixeira Albuquerque. “Depois eles chegaram a prometer emprego a essas pessoas para evitar que elas denunciassem o esquema”, afirmou o delegado. Os crimes são de peculato e associação criminosa.