Recife é capital do Nordeste mais barata para almoçar

De acordo com a pesquisa, o trabalhador paga R$ 29,70 para almoçar fora de casa no Recife

O trabalhador nordestino desembolsa em média R$ 32,66 para almoçar fora de casa. O valor é menor que a média nacional – R$34,84 – e ainda é 2,2% inferior ao registrado na região em 2017, segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). Por isso, é no Nordeste que os trabalhadores gastam menos para se alimentar, segundo a ABBT, que analisou o preço do almoço fora de casa de todo o País e ainda aponta o Recife como a cidade mais barata da região para se alimentar no intervalo do trabalho. 

De acordo com a pesquisa, o trabalhador paga R$ 29,70 para almoçar fora de casa no Recife. O valor apurado é 6,1% menor que o de 2017 e foi calculado com base no preço da refeição completa, composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, na hora do almoço, em estabelecimentos que aceitam voucher refeição como forma de pagamento. Mas outra cidade pernambucana também se destaca no índice da ABTT.

É Jaboatão dos Guararapes, que ficou entre as 10 cidades mais baratas do Brasil na refeição fora do lar, com ticket médio de R$30,91. “As oscilações podem mostrar reposição de perdas nos anos anteriores ou acomodação dos valores de acordo com o momento econômico vivido em cada município”, avalia a diretora-executiva da ABBT, Jéssica Srour.

Esses tíquetes médios, porém, não fazem parte da realidade de todos os trabalhadores pernambucanos. A comerciária Rosangela Lima, 42 anos, por exemplo, só consegue pagar a refeição, e ainda com muito esforço, se custar até R$ 15. “O hábito de almoçar fora não condiz com meu orçamento, para mim é caro. Faço isso esporadicamente e só em ocasiões especiais”, argumentou. O analista de sistemas, Cláudio Ramos, 29 anos, também tenta gastar menos com o almoço e, mesmo assim, precisa destinar cerca de R$ 500 por mês para a alimentação. “No Bairro do Recife eu gasto por volta de R$ 20 a R$ 25 por dia. É uma quantia que está na base dos gastos do dia a dia”, pontuou. 

Por outro lado, há quem enxergue que o valor é justo. É o caso da gerente de projetos, Erica Hori, 35 anos, que faz a refeição fora do lar diariamente. “Procuro ter hábitos alimentares mais saudáveis”, justifica Erica, admitindo que, por conta disso, o valor que recebe de alimentação da empresa em que trabalha acaba não sendo suficiente para os seus gastos com almoço. A ABBT confirmou que, na maioria dos restaurantes pesquisados, houve aumento na procura por produtos mais saudáveis, como verduras e legumes (55%) e sucos naturais (60%). 

Gastos
Ainda de acordo com o estudo, o valor gasto com o almoço representa 1/3 da renda média do trabalhador brasileiro. Isso equivale ao desembolso mensal de R$ 766,00, o que corresponde a 34% do salário médio do brasileiro, cujo valor atual é de R$ 2.285,00, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ABTT pontua, por sua vez, que cerca de 17 milhões de trabalhadores têm acesso a benefícios refeição e alimentação. Porém, 80% desses trabalhadores possuem renda de até cinco salários mínimos.

FONTE: FOLHA DE PERNAMBUCO

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