Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra pedofilia em Pernambuco

 
Foto: Diário de Pernambuco
Via Diário de Pernambuco
 
A Polícia Federal (PF) cumpriu dez mandados de prisão preventiva nesta quinta-feira (26) na segunda fase da Operação #Underground 2, que mira distribuição de pornografia infantil. Segundo informações da corporação, quatro dos encarcerados são de São Paulo e os outros são de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Maranhão e Acre. A ação também cumpre 11 alvos de busca e apreensão. No Recife, agentes federais prenderam o desempregado Bruno Silva de Araújo, 26 anos, natural de Paulista. A PF verificou que o computador dele possuia um vasto arquivo de pornografia infantil em vídeo e fotos. O notebook e o celular de Bruno foram apreendidos para submetidos a uma pericia técnica. 

O suspeito foi pego em casa, em Paulista, e não reagiu a prisão. Bruno fou autuado em flagrante de acordo com a Lei 8.069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescentes, tipificado no artigo 241-B, no que se refere adquirir, possuir ou armazenar por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Segundo a assessoria de Comunicação da PF em Pernambuco, após prestar depoimento, ele será levado para exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), e em seguida, passará pela audiência de custódia. Caso seja confirmada sua prisão preventiva, ele será conduzido para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça Federal de Pernambuco. 
 
A primeira fase da operação havia sido deflagrada em abril de 2017, e chegou a prender 21 investigados, entre eles, estrangeiros, cujos dados foram encaminhados, por meio da Interpol, para os países onde moram. A ação revelou não somente o compartilhamento de materiais pornográficos infantis em grupos de aplicativos de celular, mas também indícios de que alguns dos investigados produziam o material compartilhado.
 
Segundo a PF, “após a deflagração da primeira fase”, em abril de 2017, “foram realizadas novas investigações na deepweb, zona de internet que não pode ser detectada facilmente e bastante usada para divulgação de conteúdo ilegal, que resultaram na identificação de um grupo de produtores de material de exploração sexual infantil”.
 
“Por meio de modernas técnicas de investigação digital no ambiente da deepweb, desenvolvidas pela própria Polícia Federal, chegou-se a um grupo com ações em abrangência nacional, integrado por 13 pessoas, que se comunicavam em ambiente cibernético, onde ocorria o comércio das imagens ilícitas”, afirma a corporação, por meio de nota.
 
A PF informa em nota que “grande parte dos envolvidos efetivamente abusava sexualmente de crianças, registrando as imagens”. “Numa segunda etapa, reuniam-se em salas virtuais dedicadas à pedofilia, onde trocavam, vendiam ou simplesmente disponibilizavam os arquivos ilícitos. Algumas das vítimas já foram identificadas, quando ficou demonstrado que o agressor é, no mais das vezes, pessoa do convívio da família da vítima, ou mesmo parte dela”, revela a Federal. O crime de publicação de imagens de pornografia infantil prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão. Já o estupro de vulneráveis prevê de 8 a 15 anos de prisão.

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