O fato novo é Joaquim Barbosa

Foto: Joaquim Barbosa

Via Blog do Magno

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa ainda tem que unir o PSB e garantir a legenda para se candidatar, mas as pesquisas que circulam entre seus adversários mostram que ele tem tudo para ser o fato novo da eleição presidencial. Segundo esses levantamentos, Barbosa só perde no segundo turno para um candidato, justamente aquele que tem grandes chances de ficar de fora da cédula – Lula. Em todos os outros cenários, ele vence, inclusive de Jair Bolsonaro.

Enquanto o Brasil acompanhava a prisão do ex-presidente, a sucessão presidencial andou, com o pré-lançamento de Marina Silva, a desincompatibilização de Geraldo Alckmin e de Henrique Meirelles e a discreta filiação, sexta-feira passada, de Barbosa ao PSB. Cercada de cuidados e de esclarecimentos de que não se trata ainda de garantia de que ele será o candidato do PSB, e sequer de que o PSB terá candidato.

Afinal, os socialistas estão divididos, têm candidatos importantes e competitivos a governador que não querem ter suas candidaturas prejudicadas, como Marcio França, agora postulante à reeleição para o governo de São Paulo, que apóia Geraldo Alckmin. O pólo mais à esquerda do PSB, por sua vez, o grupo do falecido ex-governador Eduardo Campos, buscava uma aliança com o PT em Pernambuco para reeleger o governador Paulo Câmara.

Mas ninguém é louco, nem rasga dinheiro no PSB, sobretudo diante das evidências cada vez maiores de que a candidatura Lula dificilmente chegará a outubro e de que ainda existem sérias dúvidas quanto ao crescimento de Alckmin. Por isso, são intensas no partido as articulações para rever a decisão de não ter candidato oficial. Até porque há tempo suficiente para se ver como é que fica o cenário e, lá para maio ou junho, formalizar Joaquim Barbosa.

O que vai decidir mesmo, no duro, serão as próximas pesquisas. Mas os entusiastas da candidatura do ex-ministro no PSB já sonham até com uma futura composição tendo,o ministro na cabeça de chapa e a ex-ministra Marina Silva como vice. Afinal, a Rede, partido de Marina, perdeu dois deputados na janela partidária que se fechou no fim de semana e teve seu tempo de TV na campanha reduzido ao mínimo, além de perder o direito de estar em todos os debates. Nessa situação, pode topar a vice de Barbosa.

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