Elas foram diagnosticadas com a Síndrome de Haff
A médica veterinária Priscyla Andrade, 31 anos, e a empresária Flávia Andrade, 36 anos, são irmãs e começaram a passar mal após almoço na casa da Flávia na quinta-feira passada , dia 18. Quatro horas após a refeição, os sintomas iniciaram e elas foram diagnosticadas com a Síndrome de Haff.
O Hospital Português não foi autorizado a divulgar o quadro de saúde das irmãs. Mas a mãe delas informou à reportagem que “o quadro de saúde da Flávia hoje é estável, porém requer cuidados ainda na medicação. Priscyla ainda encontra-se na UTI , com fortes dores musculares e abdominais e seus rins ainda não estão respondendo por completo, a respiração ainda muito ofegante”, informou.
De acordo com o médico infectologista Filipe Prohaska, a doença tem esse nome devido a uma conjunção de sinais. “O que chama atenção é que o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada. Com isso, ele cria uma toxina no interior que não tem nem odor nem sabor”, explica. Outra espécie passível de desenvolver a toxina é o tambaqui.
Ainda de acordo com o infectologista, hidratação é uma das formas de eliminar as toxinas. “O rim perde a capacidade de retirar as proteínas do músculo e as toxinas do corpo. A hidratação é uma das formas para tratar. Nos casos graves, pode ser necessário fazer hemodiálise”, acrescenta.
Prohaska ainda lembrou que a doença causa muitas dores musculares, por causa do ataque da toxina. “Lembra muito a dengue, mas sem febre. Se você comer peixe e sentir dores musculares, urina escura, procure imediatamente uma unidade de saúde”, orienta.
FONTE: FOLHA PE