Glitter: veja as precauções e os riscos

Bioglitter é uma opção para quem quer usar o material cintilante com responsabilidade ambiental

Por ser vendido em larga escala no período carnavalesco, o glitter que se encontra tão facilmente em lojas, camelôs ou quiosques nem sempre é o indicado para uso no rosto

O Carnaval faz com que os pernambucanos corram atrás dos looks e adereços para a festa. Dentre os artefatos mais consumidos nesta época, o glitter acaba fazendo parte de toda fantasia. Contudo seu uso encontra algumas barreiras com relação ao tipo de glitter usado.

O material comumente utilizado para fabricar o glitter contribui para a poluição do ecossistema marinho, além de apresentar riscos para a pele caso não seja apropriado para maquiagem. Por ser vendido em larga escala no período carnavalesco, o glitter que se encontra tão facilmente em lojas, camelôs ou quiosques nem sempre é o indicado para o uso no rosto. O folião do elemento cintilante precisa prestar atenção na oferta dos produtos, onde o mais barato pode sair mais caro no futuro.

Em 2017, um alerta mundial foi dado com relação ao fato de o glitter ser formado de microplásticos que ameaçam o ecossistema marinho. Pensando nisso, Maria Gabriela Correia, 23, que já produzia cosméticos, começou a fazer opções biodegradáveis em 2019. “As pessoas estão criando uma consciência maior. Porque é uma atitude tão pequena, é algo que que não vai alterar sua vida em nada. Não é um valor exorbitante e é uma escolha que você pode fazer pra não poluir o planeta”, ressaltou.

A empreendedora utiliza alga marinha, mica e água na produção do glitter biodegradável. “Ele é indicado para o rosto, para os olhos e é bem mais indicado para a pele que o glítter comum. A probabilidade de você ter uma reação alérgica com ele ou de ele machucar você é menor que o glitter sintético de plástico”, explica.

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Além dos riscos para o meio ambiente, o elemento cintilante nem sempre é o indicado para uso na pele. O valor do glitter escolar, aquele que as crianças usam para trabalhos de arte na escola, é menor que o valor do glitter carnavalesco e o consumidor pode correr o risco de comprar errado.

A dermatologista Patrícia Guimarães chama atenção para o uso de marcas conhecidas e produtos específicos para a pele. “Produtos que são para uso escolar, para usar em papel, em madeira, não podem ser usados na pele. O uso pode causar irritação, dermatite de contato, alergia, acne. O barato pode sair caro, não tem como desviar do caminho certo. É melhor usar menos quantidade de glitter ou usar uma maquiagem sem glitter do que usar uma coisa que pode causar dano na pele”, orienta.

Maquiadora há três anos, Jéssica Nascimento, 23, ensina suas clientes a evitar materiais que possam manchar a pele, como pedrarias e glitters com formatos maiores. A demanda, que aumenta no período do Carnaval, exige maior atenção também aos produtos usados. “O glitter que eu uso é o indicado para a região dos olhos e maquiagem, e eu tenho esse cuidado de usar um produto conhecido, tanto na marca do glitter para maquiagem quanto para fixar esse glitter”, contou.

O uso de materiais indicados para a região dos olhos é reforçado pela oftalmologista Laura Rabello. “É bom que o folião tome cuidado com o uso de glitter e não coloque materiais mais duros, que possam arranhar a córnea. Materiais com arestas, por exemplo, devem ser evitados. Além disso, caso haja contato com os olhos, a indicação é lavar com soro fisiológico ou água em abundância”, explica.

Fonte: Folha de PE

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