‘Funcionários foram exonerados por questão política’, diz ex-secretária de Saúde de Paulista após afirmações do novo prefeito

Um dia depois de tomar posse, o novo prefeito de Paulista, Jorge Carreiro (PV), anunciou a exoneração de servidores comissionados da gestão de Júnior Matuto (PSB), afastado após operações que investigam fraude e desvio de dinheiro. Nesta segunda-feira (27), a ex-secretária de Saúde Fabiana Bernart afirmou que as exonerações ocorreram por uma questão política e não por falta de informações sobre contratos, como alega a nova gestão.
 
“As informações dos servidores ficam na pasta da Secretaria de Administração, não são da pasta da Saúde. A Secretaria de Administração tem servidores efetivos que podem dar essas informações. Os funcionários foram exonerados por uma questão política, por se entender que eram funcionários de outra gestão e, talvez, tivessem algum tipo de contrariedade”, afirmou a ex-secretária.

Júnior Matuto foi afastado do cargo na terça-feira (21), após o cumprimento de mandado de suspensão de exercício de função pública durante as operações Chorume e Locatário, da Polícia Civil. Elas investigam fraudes em contratos com uma empresa de limpeza urbana e um esquema de dispensa de licitações para aluguel de prédios públicos, respectivamente.

Fabiana Bernart afirmou, ainda, que não houve falta de acesso à informação sobre contratos no município, e sim “a falta de uma equipe que pudesse dar essa informação ao prefeito”.

“No momento em que a gestão assumiu, nós estávamos na Secretaria de Saúde. Protocolamos um documento com diversos dados, inclusive com todos os boletins epidemiológicos, dizendo e informando que todos os contratos estão no Portal da Transparência. Então, não há dificuldade de acesso aos contratos”, informou.

Acusações

De acordo com a Polícia Civil, a Operação Locatário envolve o prefeito de Paulista, seis servidores públicos e o dono de uma empresa de locações. O esquema desviou cerca de R$ 900 mil, segundo as investigações.

Júnior Matuto também foi um dos alvos dos mandados da Operação Chorume, que investiga a fraude em licitação envolvendo uma empresa de limpeza urbana do município de Paulista. A suspeita é de que o valor desviado seja de R$ 21 milhões, de acordo com a Polícia Civil. Além do prefeito, o casal dono da empresa e seis servidores municipais são investigados.

FONTE: G1

 

 

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