Alunos dividem livros didáticos por causa da falta de material escolar em Paulista

Problema afeta 1,4 mil dos 4,4 mil estudantes matriculados entre o sexto e o nono ano da rede municipal de ensino.

Alunos da rede municipal de Paulista, no Grande Recife, estão sendo obrigados a dividir os livros didáticos, porque não chegou material para todos. Por causa disso, estudantes das turmas da manhã e da tarde das escolas sequer podem escrever ou fazer as tarefas usando os exemplares disponíveis (veja vídeo acima).

O problema afeta 1,4 mil estudantes, dos 4,4 mil matriculados. A prefeitura de Paulista disse que pediu ao Ministério da Educação os livros do ano letivo de 2020 em setembro de 2019. A quantidade foi baseada no número de matrículas do ano passado.

O material foi chegando aos poucos, pelos Correios, mas, até agora, 30% dos alunos matriculados entre o sexto e o nono ano estão sem material didático.

Para Abraão Menezes, de 11 anos, a situação complica o aprendizado. “Eu gostaria de escrever no livro, fazer as tarefas, mas como não tem livro suficiente para todo mundo, a gente passa do livro para o caderno. Queria levar o livro para casa, porque eu poderia ler, fazer as tarefas mais fácil”, afirmou o estudante.

Segundo Luzanira de Carvalho, gerente de programas e projetos da educação, a situação não é novidade. “Infelizmente, sempre acontece esse problema, por causa do censo que é feito no ano anterior. Então, às vezes, temos um quantitativo a mais de estudantes. O que o MEC nos diz é que a gente acompanhe as entregas”, afirmou.

Resposta

O Ministério da Educação informou que a distribuição dos livros didáticos é de responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O fundo, por sua vez, disse que 100% dos 172 milhões de livros didáticos previsto para o ano letivo de 2020 já foram distribuídos aos estados e municípios.

O FNDE confirmou que a quantidade do material é definida levando em consideração o censo escolar do ano anterior. Os Correios, por sua vez, disseram que será verificada a situação das entregas às escolas de Paulista.

FONTE: G1

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