95 cidades podem ter segundo turno nas Eleições 2020; veja lista

Noventa e cinco cidades podem ter segundo turno nas Eleições 2020, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2016, eram 92.

Podem ter segundo turno as cidades com mais de 200 eleitores.

As novatas de 2020 são Petrolina (PE), Paulista (PE) e Ribeirão das Neves (MG). A única capital do país que não atingiu a marca de 200 mil eleitores e que, por isso, não poderá ter segundo turno é Palmas (TO).

Veja a lista de cidades que podem ter segundo turno nas Eleições 2020:

  • Rio Branco (AC)
  • Maceió (AL)
  • Manaus (AM)
  • Macapá (AP)
  • Feira de Santana (BA)
  • Salvador (BA)
  • Vitória da Conquista (BA)
  • Caucaia (CE)
  • Fortaleza (CE)
  • Cariacica (ES)
  • Serra (ES)
  • Vila Velha (ES)
  • Vitória (ES)
  • Anápolis (GO)
  • Aparecida de Goiânia (GO)
  • Goiânia (GO)
  • São Luís (MA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Betim (MG)
  • Contagem (MG)
  • Governador Valadares (MG)
  • Juiz de Fora (MG)
  • Montes Claros (MG)
  • Ribeirão das Neves (MG)
  • Uberaba (MG)
  • Uberlândia (MG)
  • Campo Grande (MS)
  • Cuiabá (MT)
  • Ananindeua (PA)
  • Belém (PA)
  • Santarém (PA)
  • Campina Grande (PB)
  • João Pessoa (PB)
  • Caruaru (PE)
  • Jaboatão dos Guararapes (PE)
  • Olinda (PE)
  • Paulista (PE)
  • Petrolina (PE)
  • Recife (PE)
  • Teresina (PI)
  • Cascavel (PR)
  • Curitiba (PR)
  • Londrina (PR)
  • Maringá (PR)
  • Ponta Grossa (PR)
  • Belford Roxo (RJ)
  • Campos dos Goytacazes (RJ)
  • Duque de Caxias (RJ)
  • Niterói (RJ)
  • Nova Iguaçu (RJ)
  • Petrópolis (RJ)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • São Gonçalo (RJ)
  • São João de Meriti (RJ)
  • Volta Redonda (RJ)
  • Natal (RN)
  • Porto Velho (RO)
  • Boa Vista (RR)
  • Canoas (RS)
  • Caxias do Sul (RS)
  • Pelotas (RS)
  • Porto Alegre (RS)
  • Santa Maria (RS)
  • Blumenau (SC)
  • Florianópolis (SC)
  • Joinville (SC)
  • Aracaju (SE)
  • Barueri (SP)
  • Bauru (SP)
  • Campinas (SP)
  • Carapicuíba (SP)
  • Diadema (SP)
  • Franca (SP)
  • Guarujá (SP)
  • Guarulhos (SP)
  • Itaquaquecetuba (SP)
  • Jundiaí (SP)
  • Limeira (SP)
  • Mauá (SP)
  • Mogi das Cruzes (SP)
  • Osasco (SP)
  • Piracicaba (SP)
  • Praia Grande (SP)
  • Ribeirão Preto (SP)
  • Santo André (SP)
  • Santos (SP)
  • São Bernardo do Campo (SP)
  • São José do Rio Preto (SP)
  • São José dos Campos (SP)
  • São Paulo (SP)
  • São Vicente (SP)
  • Sorocaba (SP)
  • Suzano (SP)
  • Taboão da Serra (SP)
  • Taubaté (SP)

    Eleitorado

    O eleitorado de quase 40% das cidades do país diminuiu desde as últimas eleições municipais, realizadas em 2016. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que o número de eleitores encolheu em 2.190 cidades do país, incluindo cinco capitais. Em quatro municípios, o número se manteve o mesmo; já nos outros 3.374, houve aumento no eleitorado.

    Veja a variação no eleitorado das cidades entre as eleições de 2016 e de 2020 — Foto: Aparecido Gonçalves/G1

    Veja a variação no eleitorado das cidades entre as eleições de 2016 e de 2020 — Foto: Aparecido Gonçalves/G1

    No geral, neste ano, 147,9 milhões de eleitores poderão votar nas eleições municipais, um aumento de 2,7% em relação às eleições de 2016, quando eram 144,1 milhões. O número não considera eleitores de Fernando de Noronha, do Distrito Federal e brasileiros no exterior, que não votam nesta eleição.

    Segundo Tribunais Regionais Eleitorais consultados pelo G1, o sobe e desce de eleitores nas cidades aconteceu principalmente por conta da campanha de cadastramento biométrico realizada no país nos últimos anos. Isso porque o cadastramento atualizou e revisou a base de dados de eleitores das cidades e também resultou no cancelamento de diversos títulos eleitorais.

    Salvador, por exemplo, é a cidade com a maior baixa no número absoluto de eleitores de 2016 para 2020. Há quatro anos, a cidade tinha 1.948.154 eleitores; agora, o número caiu para 1.897.098. Ou seja, agora, a cidade está com 51 mil eleitores a menos.

     
    “A diminuição se deu por conta da revisão biométrica, que foi finalizada em Salvador em janeiro de 2018”, afirma o TRE-BA em nota. “Em todas as cidades em que ocorre a revisão, é normal haver uma diminuição de cerca de 15% a 20% no eleitorado.”

    Maurício Amaral, secretário de Planejamento do TRE-BA, explica que 2018 foi o prazo final de convocação para cadastrar a biometria em Salvador.

    “O procedimento de coleta biométrica obrigatória se dá dentro de um processo de revisão do eleitorado. Nisso, a sanção do não comparecimento é o cancelamento do título”, diz. “Todos os eleitores foram convocados durante alguns anos. Mas 2018 foi o prazo final em Salvador. Por isso, os eleitores que não compareceram tiveram o título cancelado.”

    TREs afirmam que o cadastramento biométrico revisou as bases de dados de eleitores e causou o sobe e desce nos números — Foto: Reprodução/TV TEM

    TREs afirmam que o cadastramento biométrico revisou as bases de dados de eleitores e causou o sobe e desce nos números — Foto: Reprodução/TV TEM

    Segundo ele, este reajuste aconteceu em diversos municípios do país nos últimos anos. “Na média das revisões nas cidades, se verifica que próximo de 20% dos eleitores não comparecem e têm seus títulos cancelados. Foi o que aconteceu em Salvador e em outras cidades também”, afirma Amaral.

    “Toda cidade que passa por revisão tem redução natural depois do número de eleitores. Essa situação tende a se regularizar, não só com o incremento de novos eleitores, mas também com a regularização daqueles eleitores que tiveram os títulos cancelados. Ao longo do tempo, eles procuram a Justiça e regularizam os seus títulos”, diz Maurício Amaral, do TRE-BA.
     

    O TRE-MT também cita os títulos cancelados como um dos possíveis motivos por trás da diminuição de eleitores em Cuiabá, que teve a terceira maior queda em números absolutos do país. O eleitorado passou de 415,1 mil para 378,1 mil, ou seja, 37 mil eleitores a menos.

    “[A queda] pode ser por mudanças de estado ou até mesmo títulos cancelados. Em Mato Grosso, 263.719 eleitores estão com os títulos cancelados. Grande parte desse eleitorado é bem provável que estava regular em anos anteriores”, afirma o tribunal, em nota.

    Vale lembrar que cada cidade tem um prazo final para finalizar o cadastro biométrico e que a biometria deve ser obrigatória em todo o país apenas em 2022. Neste ano, por conta de questões sanitárias, ela não será utilizada.

    Cidades em alta

    Além de Salvador e Cuiabá, outras três capitais tiveram diminuição no eleitorado: Rio de Janeiro, Belém e Porto Alegre. Já as outras capitais tiveram alta. A que mais chamou atenção foi Fortaleza, que “ganhou” quase 130 mil eleitores entre 2016 e 2020, segundo os dados do TSE.

    Questionado sobre este aumento do eleitorado, o TRE-CE afirma que o cadastramento biométrico foi concluído em 2019 no estado e que, em Fortaleza, 264 mil eleitores não comparecem à Justiça Eleitoral e tiveram seus títulos inicialmente cancelados.

    O caso de Fortaleza é diferente do de Salvador, porém, porque o TSE decidiu restabelecer os cadastros eleitorais dos eleitores que tiveram os registros suspensos nos municípios que participaram da campanha da biometria em 2019, para que eles pudessem votar em 2020.

    TSE vai reativar título de eleitor para quem não fez biometria por causa do coronavírus
     
     

    “Neste ano de 2020, o cadastro eleitoral fechou em maio, no auge da pandemia. Aqueles eleitores que tiveram o título cancelado recentemente, em 2019 ou mesmo em 2020, o TSE entendeu que eles ficaram prejudicados porque não puderem comparecer para fazer a biometria. Então decidiu reverter o cancelamento”, explica Amaral, do TRE-BA.

    Como Salvador já tinha concluído o cadastramento em 2018, os títulos cancelados na cidade não foram restabelecidos pela decisão, já que, como destaca Amaral, os eleitores já tinham tido a “oportunidade de regularizar os cadastros”. Já Fortaleza, que concluiu o cadastramento em 2019, acabou revertendo os cancelamentos.

    Por isso, segundo o TRE-CE, “num cenário sem pandemia, sem a reversão dos cancelamentos, teríamos reduzido o eleitorado de Fortaleza com relação a 2016”.

    O tribunal destaca, porém, que a revisão eleitoral feita por conta da biometria também traz novos eleitores para as bases eleitorais das cidades. “Durante o chamamento para a revisão biométrica, é muito comum eleitores de outros estados e municípios realizarem a transferência e jovens requererem o alistamento eleitoral, já que a convocação é ampla e a mensagem de procurar atendimento chega a todos.”

    Tribunais também afirmam que a campanha do cadastramento da biometria pode ter atraído novos eleitores para cidades. — Foto: TRE-SC/Divulgação

    Tribunais também afirmam que a campanha do cadastramento da biometria pode ter atraído novos eleitores para cidades. — Foto: TRE-SC/Divulgação

    O TRE-SP também afirma que a campanha do cadastramento pode ter atraído mais eleitores para a cidade de São Paulo. O município teve uma alta expressiva, sendo a segunda cidade do país com o maior aumento no número absoluto de eleitores, ficando apenas atrás de Fortaleza.

     

    Em 2016, eram quase 8,9 milhões eleitores; já em 2020, o número passou para aproximadamente 9 milhões, em um incremento de 100 mil eleitores.

    O TRE-SP afirma que, caso seja verificado “algum aumento não razoável no número de eleitores”, há previsões legais que levam a uma verificação dos cadastros pela Corregedoria Regional Eleitoral. Porém, São Paulo não se enquadrou neste caso.

    “Além disso, o TRE-SP fez intensa campanha da biometria nos últimos anos, e essa forte divulgação certamente atraiu os eleitores, incentivados a comparecer aos cartórios, a despeito de não ser obrigatório na capital”, afirma o tribunal, em nota.

    Já o TRE-AM apenas cita o “crescimento vegetativo” de Manaus para justificar o aumento do eleitorado da cidade, que ganhou quase 75 mil eleitores em quatro anos. O município teve o terceiro maior aumento do país no número absoluto do eleitorado.

    Impactos nas eleições

    Mas como esse sobe e desce de eleitores pode impactar as eleições? Maurício Amaral, do TRE-BA, afirma que os impactos são pequenos.

    “A eleição costuma ter uma abstenção que gira em torno de 20%. De eleição de prefeito, em média, costuma ser de 18%. Então, quando você cancela um número de títulos que está próximo deste percentual, o mais provável é que os eleitores atingidos sejam aqueles que não se dispõem a votar ou justificar a eleição”, diz.

    “Na revisão eleitoral, você depura o processo cancelando quem não compareceu. Então o impacto na eleição é pequeno no sentido que elimina, em grande parte, esses eleitores ausentes”, afirma Amaral.

    O TRE-MT também afirma que não há muitos impactos. “Essa redução [do eleitorado em Cuiabá] não tem efeito significativo na realização do pleito, que segue os trâmites normais. Não houve redução no número de locais de votação, o que pode ocorrer é apenas a diminuição de seções eleitorais.”

     

    O TRE-AM também afirma que a logística “é a mesma”, e o TRE-CE diz que vai seguir os trâmites previstos em lei. “As seções da capital funcionarão com no máximo 430 eleitores, conforme determinação nacional do TSE”, diz o tribunal.

    Já o TRE-SP afirma que “o aumento [do eleitorado em São Paulo] afeta naturalmente a preparação das eleições, pois há um número maior de eleitores para atender, cadastrar e recepcionar para votar”.

    Como checar a sua situação eleitoral

    Por conta da pandemia, ao longo deste ano, os serviços eleitorais tiveram seus funcionamentos alterados. O TSE lançou uma plataforma para orientar os eleitores, com links para verificar a sua situação eleitoral e conferir o seu número de título de eleitor, por exemplo. Além disso, ao acessar a página, o usuário pode clicar na unidade da federação onde reside e conferir telefones para contato.

    FONTE: G1

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